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Instituto Fazendo História inicia projeto de família acolhedora na cidade de SP

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Instituto Fazendo História inicia projeto de família acolhedora na cidade de SP

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O Instituto Fazendo História iniciou uma nova modalidade de acolhimento, pioneira na cidade de São Paulo, o “Famílias Acolhedoras”. Nesse serviço, crianças de até dois anos de idade que precisam de acolhimento provisório, são acolhidos por famílias selecionadas, formadas e supervisionadas para exercer esse papel temporariamente.

Atualmente, duas famílias fazem parte do programa e estão acolhendo crianças em suas casas. Outras cinco famílias já estão prontas para iniciar o acolhimento. Nos meses de julho e agosto, serão realizadas novas reuniões de apresentação e o início de um novo processo de formação para as famílias selecionadas.

“Garantir a permanência dos bebês em um ambiente familiar tem se mostrado uma estratégia mais eficaz para o bem cuidar do que as instituições. Hoje, existe uma Campanha Mundial pela não institucionalização dos bebês da qual o Instituto Fazendo História participa ativa, política e também praticamente, ao propor este projeto na cidade de São Paulo”, diz Isabel Penteado, coordenadora geral do Instituto.

As experiências vividas por uma criança nos seus primeiros anos de vida deixam marcas e influenciam de forma significativa o seu desenvolvimento. Pesquisas apontam que para cada ano vivido em uma instituição, uma criança perde cerca de 4 meses de desenvolvimento. Por isso, o Instituto desenvolve seu serviço de acolhimento familiar focado na primeiríssima infância e tentar fazer com que essa modalidade torne-se um modelo prioritário de acolhimento no Brasil.

“O envolvimento no projeto vai muito além dos cuidados diários com o bebê. Sua história está sendo cuidada de forma criteriosa, cheia de respeito e atenção. Participar deste processo e fazer parte de sua história de vida torna nosso ato ainda mais gratificante”, conclui Márcia, uma das famílias acolhedoras acompanhadas pelo Instituto.

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OFICINA: “Acolhimento De Bebês: Práticas E Reflexões"

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OFICINA: “Acolhimento De Bebês: Práticas E Reflexões"

No dia 24 de janeiro de 2015, foi realizada a oficina “Acolhimento de bebês: Práticas e Reflexões”, com a participação das especialistas Cristina Seguim, psicanalista e membro do grupo Acesso do Instituto Sedes Sapientiae, e Beia Lunardelli, instrutora de massagem infantil. Nesta ocasião, foi realizado o lançamento da publicação “O acolhimento de bebês: práticas e reflexões compartilhadas”, organizada pelo Instituto Fazendo História.

Cristina iniciou sua fala enfatizando a importância do ambiente, nos primeiros anos de vida do bebê, para o desenvolvimento saudável dos vínculos, auto-estima e autonomia. Partindo da concepção Winnicotiana, para que haja um bom desenvolvimento dos bebês, é importante que haja uma relação de proteção e segurança exercidos por um adulto. Essa relação é nomeada função materna ou maternagem, que pode ser realizada tanto por homens quanto mulheres, e possui um papel fundamental na constituição psicoafetiva do bebê.

É muito importante haver um equilíbrio no exercício desta função, de forma que a maternagem seja suficientemente boa - não ocorrendo nem de maneira demasiada e superprotetora, e nem ausente na relação com o bebê - possibilitando assim o desenvolvimento da autonomia e crescimento saudáveis.

Como desenvolver uma maternagem suficientemente boa no contexto do acolhimento?

O abrigo pode ser um lugar de ressignificação de experiências traumáticas. Na rotina das instituições, sobretudo no contexto do acolhimento, é importante que haja uma identidade com relação aos cuidados dos bebês, para que estes não fiquem a mercê da rotatividade dos educadores. Além disso, a rotina é importante para a estabilidade dos bebês, que tendem a não lidar bem com mudanças. Eleger alguns educadores que possam estar mais presentes no desenvolvimento de vínculos diminui a ansiedade dos bebês frente a constantes mudanças.

Além da constância, é importante que os cuidadores tenham identificação com estes cuidados, e que tenham disponibilidade afetiva para vincular-se. Estar atento à subjetividade dos bebês, gostos, comportamentos e choro, é importante para identificar possíveis sinais de sofrimento, que podem apresentar-se a partir da dificuldade de ingerir alimentos, de ter um bom sono, retraimento nos contatos, agitação motora, atrasos no desenvolvimento, adoecimentos constantes, alergias, entre outros.

Nos cuidados com os bebês, é importante considerar a subjetividade de cada um, e quebrar regras quando se percebe que eles ainda não estão preparados para lidar com elas. É importante considerar que regras são diferente da rotina, e os bebês precisam de rotina para se sentirem estáveis.

No contexto em as rupturas são frequentes e muitas vezes inevitáveis, é importante conversar com os bebês sobre elas, e possibilitar a realização de rituais de despedida, seja para os bebês, para as crianças e para os educadores que deixam e ficam na casa.

Como reflexões sobre o trabalho de educadores e técnicos do serviço de acolhimento com os bebês, Cristina ressaltou a importância de evitar julgamentos com relação às famílias, bem como o cuidado com os “não ditos”, e alinhamento entre a equipe.

Beia relatou que a massagem contribui para o vínculo entre pais e/ou cuidadores com o bebê, que se dá através do olhar, do toque, do cheiro, do som e etc. Relatou ainda que é importante estar atento aos sinais de engajamento que o bebê apresenta, que são positivos para a interação através da massagem, e as consequências negativas decorrentes da não percepção destes sinais para a interação.

 Beia também enfatizou a importância da continuidade dos cuidadores nos cuidados dos bebês para a organização e estabilidade emocional, além da importância de se conversar com os bebês e poder ajudá-los a nomear sentimentos.

 Após as apresentações das especialistas, os participantes reuniram-se em grupos para discutir sobre os desafios e boas práticas relacionadas aos cuidados com os bebês. As boas práticas emergidas dos grupos foram:

- Atuação multidisciplinar nos serviços (diferentes olhares)

- Criar oportunidades de brincar com as crianças na rotina

- Conversas com as crianças e famílias durante a aproximação para adoção

Para acessar o vídeo com os melhores momentos da Oficina, clique em:

https://www.youtube.com/watch?v=fa5qjVi5nck

 

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