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O Fazendo Minha História (FMH), um dos programas do Instituto, propõe uma metodologia de trabalho com histórias de vida no contexto do acolhimento, com o objetivo de oferecer meios de expressão para que cada criança e adolescente possa se apropriar e  elaborar sua história de vida. A literatura infanto-juvenil, o vínculo afetivo entre um adulto de referência e a criança ou adolescente, e a construção de álbuns em um espaço individualizado são as principais estratégias de trabalho.

Trabalhar histórias de vida no serviço de acolhimento significa promover experiências que garantam às crianças, adolescentes e suas famílias uma apropriação e participação singulares no processo de acolhimento, a partir do registro e preservação das narrativas familiares, e no registro das experiências vividas durante o período de acolhimento. É sempre importante destacar que o respeito à história e o direito à verdade são a base para o trabalho com crianças e adolescentes acolhidos, e um direito garantido por lei, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

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 Para avançarmos nas ações que fortalecem a garantia de direitos nos Serviços de Acolhimento parceiros do FMH, lançamos mão de diversas estratégias: formação das equipes sobre a metodologia e princípios do trabalho com histórias de vida; implementação de uma biblioteca com diversos livros infanto-juvenis; e a formação de colaboradores(as) (voluntários(a)) para atuarem diretamente com as crianças e adolescentes.

O vínculo entre o(a) colaborador(a) e a criança ou adolescente é uma das principais estratégias e a maior fonte de resultados do programa. Baseado no respeito e afeto, o convívio entre colaboradores(as) e crianças ou adolescentes possibilita momentos de troca e aprendizado sobre si mesmos.

Para que o FMH aconteça nos serviços é importante que diversos atores estejam envolvidos: colaboradoras(es), educadores(as), técnicos(as) e principalmente, as crianças e adolescentes. Com a pandemia de COVID-19 no início de 2020, foi preciso repensar as estratégias de trabalho, já que a atuação do programa acontece principalmente a partir da presença regular e constante do colaborador no serviço de acolhimento. Foi um ano de se reinventar, de arriscar e aprender com o universo virtual.

Os encontros presenciais foram suspensos em março de 2020. Os colaboradores se empenharam em manter o contato com as crianças e adolescentes com quem faziam o trabalho, fosse por ligações telefônicas, vídeo chamadas, cartas, registros nos álbuns à distância. A pausa na dinâmica de trabalho conhecida, respeitou o tempo dos colaboradores(as), das crianças e adolescentes e das demandas de organização interna dos serviços de acolhimento, que passaram a ter todos em casa, sem atividades escolares, passeios, e visitas de familiares e voluntários.

A princípio, em 2021 o mundo virtual continuará sendo ambiente para encontros dos colaboradores(as) com as crianças e adolescentes. Mas agora um grande número de participantes do FMH, sejam eles voluntários(as), profissionais dos serviços ou crianças e adolescentes, já estão bem mais familiarizados com os contatos online!

Considerando a importância de crianças e adolescentes terem espaços de expressão e poderem participar de encontros nos quais suas histórias de vida serão respeitadas e registradas, nós do FMH, mesmo sabendo dos desafios dos encontros virtuais, tivemos grandes e boas surpresas a partir da disposição e criatividade de muitas pessoas!

Em sintonia com um dos principais valores do Instituto -  compartilhar conhecimento, vamos compartilhar um documento com dicas e sugestões para que os encontros virtuais entre colaboradores(as), bebês, crianças e adolescentes aconteçam, com cuidado e respeito a todos os envolvidos. Queremos contribuir com ideias para apoiar colaboradores(as) e serviços de acolhimento a seguirem realizando este importante trabalho!

Para acessar o documento, clique AQUI.

por Luiza Escardovelli, Aline Munhoz, Iara Caldeira do Amaral e Lara Naddeo