No dia 19 de novembro de 2025, o Instituto Fazendo História realizou a oitava oficina do Projeto Formação em Redes, com o apoio do FUMCAD (Fundo Municipal da Criança e do Adolescente), no Instituto Pólis. O encontro teve como tema "Parâmetros éticos e políticos para educadores sociais: gênero, raça e classe no cotidiano do acolhimento” e foi direcionado aos profissionais que atuam nos Serviços de Acolhimento, Rede Socioassistencial e Sistema de Garantia de Direitos da cidade de São Paulo.
A oficina contou com a participação de Samara Xavier, pernambucana, nerd, educadora popular, professora da pós-graduação Gestão e Serviços do SUAS da Fapcom, formadora da PAULUS Social e da Social Soluções.
A convidada iniciou o encontro propondo uma análise sobre a política pública de proteção integral no cuidado de crianças e adolescentes em serviços de acolhimento, provocando sobre a importância de identificar quais são os perfis de famílias atendidas e dos trabalhadores que atuam como educadores sociais no Sistema Único da Assistência Social - SUAS. Além disso, pontuou sobre como as temáticas de raça, classe e gênero podem trazer impactos no cotidiano do acolhimento institucional.
Na sequência, foi proposta atividade em grupos, onde foi sugerido a construção do mapa de percepções sobre os marcadores de raça, classe e gênero e como os participantes identificam esses determinantes sociais em seu cotidiano profissional.
Um ponto destacado por Samara foi sobre dados relevantes de pesquisas sobre desigualdade de gênero em ambientes escolares. Ressaltou sobre a importância de que os educadores sociais possam atuar tendo em vista os parâmetros éticos que incluem respeito, justiça social e dignidade humana, e parâmetros políticos focados na transformação social e na atuação dentro das políticas públicas.
Dessa forma, Samara nos convida a refletir sobre a necessidade de atuação profissional mais ética e politicamente consciente, que o reconhecimento dos parâmetros de raça, classe e gênero possam garantir que os educadores sociais não apenas transmitam conhecimento ou ofereçam suporte pontual, mas que seja possível reconhecer e pensar em estratégias de enfrentamento às desigualdades estruturais.
Confira o vídeo com a oficina completa: