Instituto Fazendo História disponibiliza metodologia de trabalho sobre acolhimento de adolescentes

1 Comment

Instituto Fazendo História disponibiliza metodologia de trabalho sobre acolhimento de adolescentes

Com muito orgulho e satisfação, o Instituto Fazendo História apresenta mais uma metodologia de trabalho sistematizada. Dessa vez, é o Grupo nÓs que, a partir de agora, disponibiliza sua publicação a todos que queiram saber mais sobre o contexto do acolhimento de adolescentes e desenvolver novas estratégias de trabalho.

grupo-nos-disponibiliza-publicacoes

O Grupo nÓs tem a finalidade de estudar a especificidade do acolhimento de adolescentes e criar estratégias de intervenção que apoiem cada um deles no processo de transição para a vida fora das instituições, facilitando a construção e fortalecimento de redes de pertencimento (sociais, familiares, culturais e comunitárias) e de projetos de vida que façam sentido em suas trajetórias. O trabalho é realizado diretamente com os adolescentes e com os adultos responsáveis por eles, antes e após a saída do acolhimento, desenvolvendo um trabalho técnico que colabore para o enfrentamento dos desafios de construção de uma vida autônoma. 

Esse texto foi escrito pelo desejo dos profissionais do Grupo nÓs de compartilhar com os trabalhadores e estudiosos da área as reflexões, experiências e práticas construídas, avaliadas e reconstruídas desde 2011. A finalidade de tornar público este projeto é apresentar um trabalho em desenvolvimento que sirva de inspiração para novas e melhores estratégias e políticas de garantia do exercício dos direitos dos adolescentes que vivem a transição do acolhimento para a vida autônoma.

Para ter acesso à publicação e fazer o download, clique aqui.

 

1 Comment

Crianças do abrigo Butantã, parceiro do IFH, ganham cardápio com alimentos orgânicos

Comment

Crianças do abrigo Butantã, parceiro do IFH, ganham cardápio com alimentos orgânicos

Vinte crianças e adolescentes de um dos abrigos parceiros do Instituto Fazendo História, o abrigo Butantã, passarão a se alimentar de produtos orgânicos, fresquinhos e sem qualquer tipo de agrotóxico. A iniciativa é da Banca Orgânica – projeto do Instituto Auá que facilita a entrega de alimentos do produtor diretamente ao consumidor. O Instituto Fazendo História fez o intermédio entre as duas entidades, possibilitando que a parceria acontecesse.

cardapio-organico-butanta

E como a parceria irá funcionar? As cestas semanais com até 15 itens orgânicos que cada associado suspender, serão doadas pelo Instituto Auá para o abrigo. E ganham, principalmente, as crianças e adolescentes que terão um cardápio mais saudável, com  alimentos orgânicos mais nutritivos, livres de agrotóxicos e responsáveis por prevenir doenças. A agricultura orgânica e agroecológica trabalha respeitando os ciclos naturais de cada alimento e o que a natureza oferece nas diferentes estações, além de preservar rios, nascentes, solo e a biodiversidade local.

Apesar do desafio de se reduzir a alimentação baseada em produtos industrializados, principalmente doces e refrigerantes, é possível inserir alimentos saudáveis no cardápio infantil de forma atraente. É a opinião de Silmara Marazzi, coordenadora geral do abrigo, que diz realizar um sonho com as cestas orgânicas e a chance de pesquisar receitas com alimentos frescos e saborosos. No abrigo, eles já cultivam temperos e PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) em vasos para fins educativos, e com os orgânicos ampliam-se as possibilidades de falar aos jovens sobre o valor do meio ambiente.

O Instituto Fazendo História, por ser um defensor da alimentação mais natural e menos industrializada, principalmente para as crianças e jovens, fica feliz com a nossa parceria e torce para que isso se estenda a outros abrigos.

Comment

Notícias do projeto "Mar de Histórias", desenvolvido com o apoio do MinC

Notícias do projeto "Mar de Histórias", desenvolvido com o apoio do MinC

O projeto vem se desenvolvendo de forma bem sucedida e encontra-se em sua etapa final! Nos últimos meses, a Associação São Luiz (São Bernardo do Campo), Lar Escola Municipal de São Caetano do Sul, Abrigo Municipal de Mauá, Lar Sol da Esperança (Mauá), Casa Raio de Sol (Fundação Criança – São Bernardo do Campo) e Casa Arco-Íris (Fundação Criança – São Bernardo do Campo) se dedicaram a planejar e executar o evento literário “Mar de Histórias”! Foram realizados ao todo 6 eventos – 1 por serviço de acolhimento – em espaço público no município onde estão localizados. Esses eventos foram regados a brincadeiras e boas leituras! Crianças e adolescentes acolhidos se divertiram e se sentiram potentes por poder oferecer uma atividade divertida para todos que transitavam na praça, parque ou shopping!

projeto-mar-historias-criancas-adolescentes

Além disso, nos últimos meses, crianças e adolescentes seguem participando de encontros individuais de mediação de leitura e registro das histórias de vida através de atividades lúdicas e artísticas.

No dia 8 de novembro, realizou-se o 3º seminário participativo na sede da Fundação Criança, em São Bernardo do Campo. Este encontro, que contou com a participação de representantes das equipes das instituições contempladas, teve como objetivo refletir sobre os resultados obtidos e planejar a continuidade da metodologia em cada uma das instituições participantes. As atividades realizadas ao longo do dia permitiram que os profissionais discutissem os avanços e os desafios encontrados na implementação do projeto e que pensassem em conjunto sobre novas estratégias de trabalho. Foi um encontro inspirador e motivador, a continuidade autônoma do projeto promete ser um sucesso!!

Nas semanas seguintes, foram feitas reuniões de supervisão para acompanhamento e avaliação das ações do projeto em cada serviço de acolhimento. Nesses encontros foi possível criar estratégias e planejar a continuidade da metodologia de acordo com as particularidades de cada organização.

A partir de agora, os serviços de acolhimento contemplados estão prontos para darem continuidade às ações da metodologia de forma autônoma!

 "Empatia na educação" é tema de publicação desenvolvida pela Ashoka e Instituto Alana

Comment

"Empatia na educação" é tema de publicação desenvolvida pela Ashoka e Instituto Alana

O valor da empatia reativa o interesse pelas pessoas que nos cercam e, dessa maneira, desenvolver relações harmônicas, pois às vezes as preocupações e a correria do dia a dia nos levam a centrar-nos em nós mesmos e a tornar-nos indiferentes diante dos outros. Diversos autores, palestrantes e acadêmicos já falam da empatia como algo necessário num mundo tão individualista. Recentemente, foi a vez de estudiosos da educação pensarem o tema  e o inserirem no cotidiano das escolas do Brasil.

empatia-educacao-ashoka-instituto-alana

Pensando nisso, a Ashoka e o Instituto Alana desenvolveram a publicação "A importância da empatia na Educação". Composta por nove artigos, o livro é fruto de uma roda de conversa realizada entre os autores, que decidiram sistematizar os debates em forma de textos.

Os artigos falam em "importância da famílias na escola", resolução de conflitos cotidianos, transformação social, solidariedade, entre outros temas. 

Com a publicação, espera-se contribuir para que educadores, artistas, pais, coordenadores de centros culturais, diretores de escolas e demais profissionais comprometidos com a formação de crianças e jovens participem do debate sobre a importância de promover a empatia como um valor e uma competência primordial.

A ideia da leitura é que as reflexões despertem inquietações e ações que contribuam para práticas educativas que não separem inteligência emocional e intelectual, pois elas vivem juntas. E que esse entendimento seja disseminado e defendido por todos aqueles que acreditam num mundo mais amigável.

Para fazer o download da publicação, clique aqui

Comment

Artigo: "Os caminhos do acolhimento institucional no Brasil"

Artigo: "Os caminhos do acolhimento institucional no Brasil"

Um dos integrantes da equipe técnica do Instituto Fazendo História, Renato Fonseca, escreveu recentemente um artigo sobre o acolhimento institucional no Brasil e os caminhos já percorridos. O texto, que foi escrito em parceria com Roberta Ecleide de Oliveira Gomes, aborda as transformações do acolhimento e as intervenções do Estado até os dias atuais.

O texto relata também a experiência prática de coordenação de um serviço de
acolhimento institucional e suas interfaces com o poder público e o terceiro setor, demonstrando o processo de deliberação do serviço, enquanto política pública.

O trabalho, construído durante os anos de 2010 a 2014, relata ainda a rotina no atendimento de crianças e adolescentes com a perspectiva de construção da autonomia. 

Para ter acesso ao artigo, clique AQUI

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "Ritos de Passagem"

1 Comment

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "Ritos de Passagem"

O Instituto Fazendo História publica periodicamente situações cotidianas dos serviços de acolhimento, para estimular reflexões e a construção de estratégias a partir de critérios técnicos e não pessoais. 

As situações apresentadas fazem parte do kit de Formação “Vamos Abrir a Roda” e abrangem diferentes temáticas: adolescência, bebês, agressividade e limites, histórias de vida, ritos de passagem, entre outras.

Para pensar! O tema das DUAS situações de hoje é: Ritos de Passagem

reflexao-ritos-passagem

 

Situação 1

Mikael (8), Luana (7) e Felipe (4) são irmãos e acabaram de chegar à casa. Ainda não sabemos bem o motivo pelo qual estão aqui, tentamos conversar com eles, mas entendemos ainda pouco sobre essa família. Está chegando a hora de dormir e eles dizem insistentemente que querem dormir juntos... Mas a regra aqui da casa é que os quartos são separados por idade e sexo. E agora?

Considerando todas as mudanças e rupturas que as crianças e adolescentes passam  no momento em que são acolhidas, pode-se pensar que a presença dos irmãos seja um fator bastante amenizador deste sofrimento. Na situação apresentada, é possível pensar que os irmãos costumavam dormir juntos na sua casa ou que a possibilidade de ficarem juntos ali traz um tanto de segurança para essa situação. Entendendo que o momento da chegada como um processo de adaptação, talvez possa ser criada alguma flexibilidade na regra dos quartos para construir uma transição: que valide e apresente as regras da casa, mas considere a história e a adaptação das crianças. Vale pensar em itens que promovam maior conforto e segurança às crianças e as ajudem neste processo, como por exemplo, ler histórias e conversar na hora de dormir, oferecer um bichinho de pelúcia para “acompanhá-la”.

Situação 2

Tábara (5) e Talita (3) foram acolhidas já com o poder familiar destituído e sabíamos que seria rápido o encaminhamento para uma família adotiva. Depois de três meses de convivência na casa e dois finais de semana com a família, o juiz já deu a guarda provisória para a família adotante. Eles foram passar o final de semana e não voltaram. Não deu tempo de se despedirem das outras crianças, nem dos educadores.

Uma situação como esta, apesar de nos deixar felizes por um lado (pelo sucesso na concretização da adoção), mobiliza fortes sentimentos em todos na casa. A brusca ruptura não deixa espaço para que crianças, adolescentes e profissionais elaborem a separação da criança com quem estabeleceram um forte vínculo no período de convivência. Para as crianças e adolescentes, é muitas vezes um momento de dar-se conta de que “mais um foi e eu fiquei”. A ausência de algo que marque o desligamento de um dos acolhidos dá, ainda, a sensação de que o período vivido no abrigo e as relações construídas neste tempo não são tão importantes assim. Sempre que possível, é interessante que a equipe da casa promova um ritual, que ajude quem vai e quem fica a lidar com a despedida de forma positiva. Sentir que quem vai deixa a sua marca e também leva algo deste período consigo é essencial, e concretizar essa premissa em forma de fotos, cartas e produções artísticas costuma ajudar.

Quando ocorrerem saídas bruscas, seja por qual motivo for, é possível ainda pensar em estratégias reparadoras, como por exemplo, uma roda de conversa com as crianças e educadores, organização de uma visita das crianças adotadas às casa para um encontro final, o envio de cartas de despedida ou telefonemas, em último caso.

1 Comment

O que alguém que foi adotado gostaria que você soubesse sobre adoção

8 Comments

O que alguém que foi adotado gostaria que você soubesse sobre adoção

Das coisas que nunca esqueci como repórter foi uma entrevista num abrigo, em Brasília. A responsável me explicou que havia casos de crianças “devolvidas” depois de adotadas, porque simplesmente as famílias desistiam. Como assim? Uma criança não pode ser tratada como uma mercadoria “com defeito” que a loja aceita de volta!

Os motivos, segundo ela, eram do tipo: “eu descobri que estou grávida, por isso não quero mais” ou "eu não imaginei que ele me daria tanto trabalho”. Fiquei muito impressionada. Imagine a cabecinha de uma criança dessas? Ela me disse ainda que crianças assim voltam para o abrigo destroçadas. É preciso um longo caminho para que elas confiem em alguém novamente. Claro que esta não é uma situação comum, mas só de saber que existe…

Christina Romo foi adotada aos 2 anos de idade, mora nos Estados Unidos e trabalha numa organização de apoio à adoção. Com a autorização dela, eu traduzi um texto com dez dicas que ela tem pra dar a pais adotivos ou para quem mais se interessar pelo tema. Vale a pena conferir o que Christina diz:

1. Impossível ignorar que perder os pais de nascimento é traumático para uma criança. Esta perda será sempre uma parte de mim. Irá moldar quem eu sou e vai ter um efeito sobre meus relacionamentos - especialmente a minha relação com você.

2. O amor não é o suficiente para a adoção, mas certamente faz a diferença. Diga-me todos os dias que eu sou amada - especialmente nos dias em que eu não estou particularmente adorável.

3. Mostra-me - por meio de suas palavras e ações - que você está disposto a resistir a qualquer tempestade comigo. Eu tenho dificuldades em confiar nas pessoas por causa das perdas que experimentei na vida. Mostre-me que eu posso confiar em você. Mantenha sua palavra. Eu preciso saber que você é uma pessoa segura na minha vida, e que você vai estar lá quando eu precisar de você e quando eu não precisar de você.

4. Eu sempre acho que você vai me abandonar, não importa quantas vezes você me diga ou me mostre o contrário. A idéia de que "as pessoas que me amam vão me deixar" foi incutida em mim e será para sempre uma parte de mim. Eu posso querer te afastar de mim para me proteger da dor da perda. Não se importe com o que eu diga, eu preciso de você para me mostrar que você nunca vai desistir de mim.

5. Eu preciso de você para me ajudar a aprender sobre a cor da minha pele ou minha cultura de origem, porque é importante para mim. Eu não me pareço com você, mas eu preciso de você me dizendo - por meio de suas palavras e ações - que não há problema em ser diferente.

6. Eu preciso de você para ser o meu advogado. Haverá pessoas em nossa família, na escola, na vizinhança, na sala de espera da consulta pediátrica… que não entendem sobre adoção. Eu preciso que você explique a elas sobre isto.

7. Em algum momento posso perguntar ou desejar procurar minha família biológica. Você pode até me dizer que estas pessoas não importam, mas não ter esse tipo de conexão deixou um vazio na minha vida. Você sempre será a minha família. Se eu perguntar ou procurar pela minha família biológica, isso não significa que eu te ame menos. Viver sem o conhecimento da minha família biológica tem sido como trabalhar num quebra-cabeças com peças faltando e saber sobre ela pode me ajudar a me sentir mais completa.

8. Por favor, não espere que eu seja grata por ter sido adotada. Eu suportei uma tremenda perda antes de me tornar parte de sua família. Eu não quero o discurso "você me salvou e eu deveria ser grata" pairando sobre a minha cabeça. Adoção é algo sobre a formação de famílias para sempre e não sobre “caridade” para uma criança.

9. Não tenha medo de pedir ajuda. Posso precisar de ajuda para lidar com as perdas que experimentei e outras questões relacionadas com a adoção. Talvez você também precise e isso é completamente normal. Junte-se a grupos de apoio para famílias adotivas, por exemplo. Isso pode exigir que você saia de sua zona de conforto, mas vai valer a pena.

10. A adoção é diferente para todos. Por favor, não me compare com outros adotados. Apenas veja a experiência dos outros para que isso lhe ajude a encontrar a melhor maneira de me entender. Respeite-me como um indivíduo. Nossa jornada nunca vai acabar; não importa o quão instável a estrada possa ser, e independentemente de onde ela pode levar, o fato de estarmos juntos nesta mesma estrada vai fazer toda a diferença.

Se por acaso você quiser saber mais sobre os meios legais para se adotar uma criança no Brasil, visite a página do Cadastro Nacional de Adoção.

Fabiana Santos é jornalista e mora em Washington-DC. Ela é mãe de Felipe, de 10 anos, e Alice, de 4 anos. Este texto é, de alguma forma, uma homenagem a dois amigos dela, que geraram filhos do coração.

Texto extraído do blog Tudo Sobre Minha Mãe

 

8 Comments

Fazendo História debate acolhimento familiar em seminário no Panamá

Fazendo História debate acolhimento familiar em seminário no Panamá

O Instituto Fazendo História participou recentemente de um seminário que debateu o Acolhimento Familiar e seus desafios nos países da América Latina e Caribe.

acolhimento-seminario-panama

Realizado na Cidade do Panamá pela Relaf (Rede Latinoamericana de Acolhimento Familiar) o seminário recebeu profissionais da Argentina, México, Peru, Chile, Costa Rica, Guatemala, Cuba, Venezuela, Uruguai, Equador e do próprio Panamá que, em três dias de conversas e exposições, trocaram muitas experiências.

Isabel Penteado, coordenadora geral do Instituto, disse que todos os países estão passando por um processo de desinstitucionalização, que reintegra crianças e adolescentes às suas famílias de origem ou encaminham ao acolhimento familiar. “Na maior parte desses países entende-se o encaminhamento para família extensa como acolhimento familiar e trabalham com esses familiares também a partir de formações e acompanhamento sistemático, diferente da forma como essa política esta organizada no Brasil”, conta.

Apesar de cada país ainda estar em um estágio diferente na organização do acolhimento familiar, todos apresentam resultados importantes na diminuição do número de crianças e adolescentes nas instituições e na garantia do direito a convivência familiar e comunitária. A Relaf e a Unicef são grandes impulsoras desse movimento de desinstitucionalização, que começa pelas articulações com governos e passa pela conscientização das organizações e comunidades locais.

No Brasil, por exemplo, grande parte das crianças e adolescentes em situação de acolhimento está em serviços de acolhimento institucionais e uma pequena porcentagem em famílias acolhedoras. Por outro lado, os serviços de acolhimento institucionais têm regras bastante claras para que funcionem, como o número máximo de crianças e adolescentes, mistura de gênero e idades e diferentes profissionais compondo sua equipe profissional. São poucos aqueles que estão muito fora desses padrões, mas sabemos que ainda há muito a caminhar para melhorar a realidade.  

Apesar de visíveis as diferenças, o que se viu no Seminário foram muitas reflexões sobre o melhor interesse das crianças e adolescentes e a construção e fortalecimento de ações para garantir o cumprimento do direito de todas elas à vida familiar e comunitária.

Carta às famílias adotivas

1 Comment

Carta às famílias adotivas

Foi com surpresa e pesar que lemos os posts de algumas famílias relatando incomodo e dizendo terem se sentido desrespeitadas com nossa carta à revista Veja sobre a reportagem: “As novas vidas da cracolândia: os pais que adotaram crianças abandonadas por mães viciadas em crack”. Isto porque a nossa intenção não foi, em hipótese alguma, desvalorizar a família adotiva em relação à família biológica. Pelo contrário. Quando dissemos que as famílias adotivas “não estão fazendo um favor a ninguém, estão apenas realizando o seu sonho de ser pais e mães” é porque entendemos que, assim como no caso de quem tem filhos biológicos, quem adota está motivado pelo projeto de construir uma família e não de fazer uma caridade. Quisemos, portanto, colocar famílias biológicas e adotivas no mesmo patamar de afeto e legitimidade. 

Aliás, se como organização fazemos algumas ressalvas à adoção é apenas em situações como estas, nas quais está presente a crença de que adotar é um ato caridoso. Filhos adotivos ou biológicos podem apresentar problemas de comportamento, por exemplo, e quando a adoção é vista como a salvação de uma criança, os problemas que ela vier a apresentar podem ser entendidos como um fracasso desse projeto, o que por vezes culmina na trágica situação que é a devolução de uma criança. 

Nos preocupamos também quando o encaminhamento para adoção ocorre sem que seja realizada a devida avaliação da família nuclear ou extensa, como determina a lei, ou quando a passagem da criança do serviço de acolhimento para a família adotiva não é feita de forma cuidadosa, respeitando os laços construídos até aquele momento. 

É importante frisar que APOIAMOS a adoção e sabemos de sua importância tanto para os pais que adotam como para as crianças e adolescentes que são adotadas. No nosso projeto “Histórias cruzadas”, trabalhamos mitos e fantasmas que acompanham as adoções e tecemos, junto às famílias que nos procuram, uma narrativa que contemple de forma singular este cruzamento que se dá entre a história da família adotiva e a história vivida pelo bebê, criança ou adolescente até o momento da adoção.

Não desconsideramos também as dificuldades enfrentadas em adoções tardias. Apenas entendemos que aqueles que as realizam são pessoas corajosas, que não temem o enfrentamento de situações desafiadoras que possam acompanhar sua realização. E também não a vemos como caridosas, pois do nosso ponto de vista, essa concepção pode dificultar a constituição de um laço afetivo entre pais e filhos, a partir do qual pode haver gratidão mútua, mas não dívidas simbólicas de nenhuma das partes. Em nosso trabalho com famílias adotivas, percebemos suas necessidades em serem vistas como famílias como qualquer outra e não como aquelas que têm a generosidade de criar o filho biológico de outro alguém. 

Se houve crítica ou certa ironia de nossa parte foi em relação à abordagem que a reportagem deu a essas adoções e ao desrespeito com o qual as mães biológicas foram tratadas, DE MODO ALGUM em relação às famílias adotivas. Ainda assim, lamentamos muitíssimo ter passado essa impressão e deixamos aqui nosso sincero pedido de desculpa às famílias que se sentiram desrespeitadas. Celebramos sempre que uma nova família se constitui através de laços de amor e respeito, independente de relação consanguínea. Não seria diferente com vocês. 

Equipe técnica do Instituto Fazendo História

1 Comment

Carta de resposta à reportagem da Revista Veja São Paulo:  "Os pais que adotaram crianças abandonadas por mães viciadas em crack"

Comment

Carta de resposta à reportagem da Revista Veja São Paulo: "Os pais que adotaram crianças abandonadas por mães viciadas em crack"

Após a veiculação da reportagem da revista Veja São Paulo em 30/09/2016, “As novas vidas da cracolândia: os pais que adotaram crianças abandonadas por mães viciadas em crack”, nós do Instituto Fazendo História, ONG que atua há mais de 10 anos contribuindo com o desenvolvimento de crianças e adolescentes com experiência de acolhimento, decidimos nos posicionar criticamente à reportagem.

A matéria da revista parece tentar desmistificar um preconceito a respeito da adoção de bebês nascidos de mães dependentes químicas. Relata casos felizes de crianças que cresceram saudáveis apesar dos riscos que uma gestação com essas características pode representar. Mas recai em outro preconceito, apresentando essas mães biológicas como mulheres cruéis que abandonam seus bebês sem que isso as afete em nada. Desconsidera o sofrimento e desamparo no qual se encontram essas mulheres, muitas delas também filhas de pais dependentes químicos e sem o apoio necessário para reconectar os fios de suas histórias e fazer outras escolhas.

Quem trabalha na área da saúde sabe a vulnerabilidade na qual pode se encontrar uma paciente no pós-parto. Muitas mulheres assistidas por suas famílias em hospitais particulares, deprimem, surtam ou rejeitam o bebê nos primeiros dias, mas são vistas com compaixão e recebem o tratamento adequado. Difícil mensurar o que vivem na maternidade essas moças da cracolândia. Mas a elas não é oferecido um olhar generoso, afinal “são sujas, viciadas e más”.

Nós acompanhamos muitas famílias nos serviços de acolhimento para onde vão esses bebês antes de serem adotados e podemos garantir que dizer: “Depois do parto voltam às ruas para consumir essas substâncias, como se nada tivesse acontecido” é, no mínimo, uma afirmação leviana.

Temos acompanhado casos como os relatados na reportagem. Mulheres que, após parir, saem desnorteadas da maternidade, não só para consumir drogas como afirma a revista, mas para buscar uma rede de apoio que as ajude com seus bebês. Ao encontrar respaldo na própria família, nos profissionais dos programas da prefeitura e em organizações como a nossa não somem, como diz a reportagem, mas comparecem às visitas e começam um bonito percurso de reorganização de suas vidas para cuidar de seus filhos. E muitas o fazem com responsabilidade e competência. Outras não conseguem, é verdade. E isso as marca profunda e dolorosamente. Uma outra gravidez pode acontecer não só por irresponsabilidade, mas como uma tentativa inconsciente de recuperar o filho perdido e, desta vez, conseguir cuidar.

Importante frisar que uma criança não precisa necessariamente de um quarto só para ela, com brinquedos coloridos. Precisa, sobretudo, que sua origem seja respeitada e honrada no discurso da família que a adota e da sociedade em que vive.  As famílias adotivas desses bebês não estão fazendo favor a ninguém. Estão realizando o sonho de ser pais e mães. Podem dar amor, estabilidade e a decoração do “pequeno príncipe” a essas crianças não por serem melhores ou mais generosos que suas mães biológicas. Mas, simplesmente, porque tiveram outra sorte.

Comment

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "agressividade e limites”

Comment

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "agressividade e limites”

O Instituto Fazendo História publica periodicamente situações cotidianas dos serviços de acolhimento, para estimular reflexões e a construção de estratégias a partir de critérios técnicos e não pessoais.

As situações apresentadas fazem parte do kit de Formação “Vamos Abrir a Roda” e abrangem diferentes temáticas: adolescência, bebês, agressividade e limites, histórias de vida, ritos de passagem, entre outras.

Para pensar! O tema das DUAS situações de hoje é: agressividade e limites

situacoes-cotidianas-agressividade-limites

SITUAÇÃO 1

Jonathan (13), Samantha (11) e Adriele (10) foram acolhidos porque a mãe deles não tem moradia fixa e estavam todos morando com ela na rua. Eles não tinham rotina e não vêm conseguindo se adaptar às regras da casa; Não respeitam os horários e quando são obrigados a fazer alguma tarefa xingam os educadores e dizem que com sua mãe não precisavam fazer nada, que preferiam estar com ela e que morar na casa “é muito chato”.

A mudança da cultura da rua para a vida em uma instituição deve ser bastante drástica para qualquer criança ou adolescente. Compreender essa dificuldade de adaptação seria um primeiro passo para qualquer adulto que esteja lidando com eles. Sem dúvida, é ainda necessário construir junto com os meninos e meninas uma maior compreensão de cada regra, dos benefícios que elas podem trazer para a convivência entre todos. Outro ponto importante seria ponderarmos quais regras podem ser alteradas sem grandes problemas para a casa que trariam um senso de respeito e de real acolhimento para quem chega. Por exemplo, se eles comem com as mãos, será que podemos combinar alguns alimentos que eles, com as mãos lavadas, podem ainda comer desta forma? Ou com a colher, ao invés de garfo, se for o desejo deles?

SITUAÇÃO 2

Ricardo (16) já pulou o muro para ir pra a rua diversas vezes e sempre volta. Com essa atitude, ele influencia os outros adolescentes a saírem também, desorganizando o funcionamento casa. Estamos pensando em o que fazer, a convivência com ele tem se tornado inviável.

Os embates entre adultos e adolescentes acontecem nas famílias, nas escolas e também nos serviços de acolhimento. Lidar com estes embates faz parte do cotidiano. Conversas individuais com a figura de melhor contato na casa e assembleias onde outros adolescentes podem falar dos desconfortos com as quebras de combinados podem ser interessantes. Consequências podem aparecer para cada fuga: ele pode voltar para casa, mas fica sem internet ou sem televisão ou precisa ajudar mais na limpeza. A consequência deve ocorrer, mas não a transferência de abrigo, que ao invés de uma atitude educativa, tem mais o caráter de um novo abandono, uma falta de investimento na possibilidade deste menino encontrar um lugar saudável no mundo. É importante também ouvir o desejo do adolescente de ganhar autonomia para sair da casa e de circular no território. Permitir que o adolescente saia, combinando onde ir e quando voltar, pode reduzir a necessidade dele de fugir.

Comment

Apadrinhamento Afetivo inicia formação de mais 30 padrinhos e madrinhas

Comment

Apadrinhamento Afetivo inicia formação de mais 30 padrinhos e madrinhas

O Instituto Fazendo História iniciou esse semestre a 2a edição do programa Apadrinhamento Afetivo. Até o final do ano, teremos novos padrinhos e madrinhas convivendo com mais de 30 crianças e adolescentes!

Os voluntários estão participando ativamente do processo de formação com a equipe do Instituto. São encontros realizados por meio de dinâmicas, conversas, filmes, histórias, experiências lúdicas e trocas. Além desses, temos 3 encontros de contato e interação com as crianças e adolescentes. Estão todos muito animados e empenhados.

apadrinhamento-afetivo-padrinhos-madrinhas

O padrinho ou madrinha, constrói e mantém um vínculo afetivo, saudável e duradouro com a criança ou adolescente, permeado pelo carinho e pelo cuidado que contribuem com seu desenvolvimento integral e construção de autonomia. 

“Estar nessa formação me fez aprender que o amor e o afeto constroem pontes e, sendo padrinho afetivo, eu pretendo me tornar uma pessoa melhor”, comentou Almiro Nunes, padrinho em processo de formação.

Comment

Fazendo Minha História forma profissionais de Maringá, Paraná, para o trabalho com histórias de vida

Comment

Fazendo Minha História forma profissionais de Maringá, Paraná, para o trabalho com histórias de vida

Um valor fundamental do Instituto Fazendo História é compartilhar conhecimento técnico para que, cada vez mais, serviços de acolhimento e toda a rede envolvida nessa área no Brasil estejam preparados tecnicamente para pensar melhores caminhos e cuidados com as crianças em adolescentes.

Desta vez, o Instituto levou até a cidade de Maringá, no Paraná, o programa Fazendo Minha História. Os profissionais da rede de acolhimento da cidade participarão de 3 seminários de formação onde serão instrumentalizados para que desenvolvam ações de mediação de leitura e construção de álbuns de histórias de vida.

instituto-formacao-profissionais-maringa-panama

O 1o seminário, sobre mediação de leitura, aconteceu em setembro e foi muito bem avaliado por todos. A participação nesses encontros permite às equipes dos serviços de acolhimento formar e acompanhar os adultos que realizarão o trabalho com as crianças e adolescentes. Nos próximos meses outros encontros acontecerão e a rede de acolhimento de Maringá estará pronta para continuar desenvolvendo de forma autônoma essa a metodologia de trabalho com historias de vida.

Comment

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento:  "adolescência e moradia"

Reflexões sobre a rotina dos serviços de acolhimento: "adolescência e moradia"

A partir de hoje, o Instituto Fazendo História publicará periodicamente situações cotidianas dos serviços de acolhimento, para estimular reflexões e a construção de estratégias a partir de critérios técnicos e não pessoais. As situações apresentadas fazem parte do kit de Formação “Vamos Abrir a Roda” e abrangem diferentes temáticas: adolescência, bebês, agressividade e limites, histórias de vida, ritos de passagem, entre outras.

Para pensar! O tema de hoje é: adolescência.

Ricardo faz 18 anos daqui a dois meses. Estava tudo certo para ele viver em uma República Jovem após sua saída. De repente o adolescente diz que não vai para a República. Sua fala vem nos preocupando muito, pois pensamos no melhor encaminhamento possível para Ricardo. O que fazer? 

A questão que se coloca é se Ricardo foi incluído nas discussões e reflexões sobre seu projeto de moradia pós-acolhimento. Muitas vezes o que os adultos consideram como a melhor opção é diferente do que o jovem considera. Se não houver diálogo com o jovem a tendência ao fracasso do encaminhamento é muito grande.

Será que foi de fato uma escolha de Ricardo este projeto de moradia?

Ricardo teve acesso a outras possibilidades de moradia antes da definição de encaminhamento para a República? É sempre importante considerar que a República é uma alternativa entre outras tantas, como o aluguel de uma casa e o retorno familiar.

Ricardo foi visitar este local com antecedência? Conversou com os moradores de lá? Esclareceu dúvidas? A preparação anterior à saída do serviço é fundamental para aumentar a probabilidade do encaminhamento ser bem sucedido.

Em 15 anos, acidentes com crianças e adolescentes diminuem 31% no Brasil

Comment

Em 15 anos, acidentes com crianças e adolescentes diminuem 31% no Brasil

De 2001 a 2014, o número de óbitos acidentais de meninos e meninas de até 14 anos diminuiu 31% no país, passando de 6.190 em 2001 para 4.316 em 2014. Os dados são da ONG Criança Segura divulgados na publicação "15 anos de atuação da Criança Segura no Brasil: Análise de indicadores de mortes e internações por acidentes na infância e adolescência desde 2001".

queda-acidentes-criancas-adolescentes

Análise dos dados por tipo de acidentes:

Mortes devido a acidentes no trânsito (-34%) e afogamentos (-32%) apresentaram desempenho parecido com a média de redução de 31% os acidentes fatais. Já sufocação e intoxicação apresentaram aumento de 7% e 1% respectivamente ao invés de mostrar redução como as outras causas. Com avanço acima da média estão os óbitos por quedas, queimaduras e mortes por armas de fogo, com reduções bem significativas, de 39%, 41% e 54% respectivamente.

Para as internações, os casos por queimaduras aumentaram 37%, bem mais que a média de 8%. Por outro lado, as hospitalizações por afogamentos apresentaram redução de 47%.  Trânsito e a categoria outros tiveram aumento de 19% de internação no período observado e, por sua vez, quedas, sufocação e intoxicação apresentaram reduções respectivamente de 3%, 1% e 20%.

Análise dos dados por faixa etária:

No período de 2001 a 2014, para os menores de um ano, houve aumento de 2% nos óbitos por acidentes. Já a faixa de cinco a nove anos teve desempenho acima da média, com uma queda de 43% nas mortes por acidentes. As faixas etárias de um a quatro anos e 10 a 14 anos tiveram comportamento parecido com a média de 31% de redução em números absolutos.

Para internações, as faixas etárias de menor de um ano e de um a quatro anos apresentaram aumento bem superior a média de 8%, com respectivamente 22% e 23%. Já a faixa etária de cinco a nove anos apresentou quase nenhum aumento no intervalo de tempo analisado (1%), estando abaixo da média geral. A faixa etária de 10 a 14 anos se manteve próxima à média, com aumento de 7%.

Para ler a publicação na íntegra, clique aqui

Comment

Instituto Fazendo História visita instituto fundado pela pediatra Emmi Pikler

Comment

Instituto Fazendo História visita instituto fundado pela pediatra Emmi Pikler

O Instituto Fazendo História visitou recentemente o Instituto Loczy, em Budapeste, na Hungria. A entidade, criada pela médica Emmi Pikler, existe desde 1946 quando acolheu bebês que ficaram órfãos durante a 2ª guerra mundial. A metodologia desenvolvida pela médica para cuidar dos bebês recém-acolhidos foi baseada numa maneira sensível de oferecer o cuidado – principalmente para crianças de zero a três anos - partindo da observação e do reconhecimento de que, desde o nascimento, os bebês são sujeitos ativos.

instituto-loczy-hungria

O método se tornou uma referência mundial quando o assunto é cuidado na primeira infância, inspirando inclusive os técnicos do Instituto Fazendo História.

O local deixou de ser um abrigo e, hoje, é uma creche que mantém seu trabalho baseado no legado deixado pela médica.

creche-abrigo

Aplicação da metodologia

Para construir sua metodologia de intervenção junto aos bebês, Emmi Pikler baseou-se na observação deles e no reconhecimento de que, desde seu nascimento, são sujeitos ativos e não apenas passivos necessitando de cuidados. Os dois pilares fundamentais de sua abordagem são a construção de uma segurança afetiva e o movimento livre. 

Segundo os ensinamentos deixados pela pediatra, os educadores devem sempre falar com os bebês durante os cuidados diários, olhando nos olhos e percebendo suas reações. Quando o ritmo dos cuidados diários se repete, os bebês se sentem mais seguros e o ambiente se torna mais calmo e tranquilo. Pikler enfatizou a necessidade da paciência e da tranquildade. Nada de pressa! Deve ser sempre dado o tempo necessário para que o bebê aproveite a experiência de forma prazerosa, sentindo cada cuidado que recebe. 

O Instituto Fazendo História, em todos os programas que envolvem o acolhimento de bebês, utiliza-se dos princípios da médica húngara. Esses princípios, inclusive, foram utilizados na produção de duas das nossas publicações: “O acolhimento em bebês: práticas e reflexões compartilhadas” e “Entre o singular e o coletivo: o acolhimento de bebês em abrigos”. 

Se quiser saber mais sobre o acolhimento de bebês, faça o download das publicações do Instituto Fazendo História que abordam o tema, clicando aqui.

Comment

Instituto Fazendo História participa de seminário na Áustria

1 Comment

Instituto Fazendo História participa de seminário na Áustria

No mês de agosto, o Instituto Fazendo História participou do seminário "Together Towards a Better World for Children, Adolescents and Families" (Tradução livre: “Juntos Por um Mundo Melhor para Crianças, Adolescentes e Famílias”), realizado pela ONG FICE, em Viena na Áustria.

together-towards-better-world-children-fice

O Congresso reuniu profissionais de mais de 60 países que trabalham com crianças e adolescentes que precisaram ser separados de suas famílias. A psicóloga Manuela Fagundes, técnica do Grupo nÓs (programa do Instituto que trabalha com adolescentes em processo de saída do serviço de acolhimento), foi a representante do Instituto, participando de palestras e workshops que traziam informações, reflexões e experiências de organizações do mundo todo.

Todos falavam em inclusão, inserção familiar e comunitária e desenvolvimento de autonomia como eixos fundamentais do trabalho. Manuela teve a oportunidade de apresentar o Grupo nÓs em uma mesa junto a outras 3 organizações do Brasil. Foram dias de muito aprendizado e inspiração. Novas ideias surgiram para nossos programas e já estamos trabalhando para colocá-las em prática!

1 Comment

Instituto Fazendo História adere à campanha "Criança é Prioridade"

Comment

Instituto Fazendo História adere à campanha "Criança é Prioridade"

O Instituto Fazendo História é uma das instituições signatárias da campanha "Criança é Prioridade", uma iniciativa da Rede Nacional Pela Primeira Infância (RNPI).

crianca-prioridade-rnpi

A campanha recém-lançada tem o objetivo de mobilizar candidatos e candidatas às prefeituras de todas as cidades brasileiras a assumirem um compromisso público pelos direitos da criança. Por meio da participação social de entidades ligadas à área, a ideia é  realizar um verdadeiro mutirão para informar os candidatos sobre as atribuições da Prefeitura na garantia dos direitos das crianças na primeira infânciaa importância de promover e articular políticas intersetoriais e a necessidade de implantar um Plano Municipal pela Primeira Infância.

Se você é um serviço de acolhimento pertencente a uma organização social reúna os candidatos da sua cidade e entregue a eles a Carta- Compromisso. O ideal é fazê-la chegar a todos os candidatos e candidatas à prefeitura do seu município. Isto é importante porque ajuda a pautar as campanhas e os debates eleitorais, e evidencia quem assinou o compromisso e quem se recusou a assinar.

É importante e essencial para o desenvolvimento das crianças que exista uma política forte de proteção, para que direitos sejam respeitados e ações realizadas no intuito de proteger meninos e meninas, principal realizadas pelo próprio Poder Público.

Organizações e cidadãos podem participar dessa mobilização nacional (se inscrevendo através do site da RNPI – www.primeirainfancia.org.br) e receber o material, que inclui a carta e o termo de compromisso para entregar aos candidatos, um guia informativo da campanha, e imagens para promover os direitos das crianças que podem ser compartilhadas através das redes sociais.

 

Comment

Livros ensinam técnicas para despertar o interesse da leitura nas crianças

Comment

Livros ensinam técnicas para despertar o interesse da leitura nas crianças

Crianças que têm o hábito da leitura desde pequenas são beneficiadas de diversas maneiras: desenvolvimento da criatividade, da imaginação e da cultura. Ler é um hábito poderoso que nos faz conhecer diferentes mundos e ideias.

despertar-interesse-leitura

Meninas e meninos acostumados com a leitura se tornam muito mais preparados para os estudos, para o trabalho e para a vida. Isso quer dizer que o contato com os livros pode mudar o futuro das crianças? Sim. Pode e muito! Mas como inserir nos pequenos o hábito de ler e, além disso, de gostar de ler!

O Instituto C&A publicou dois interessantíssimos livros sobre o tema, intitulados "Prazer em Ler". As publicações são direcionadas a educadores, voluntários e pais - e possíveis leitores avulsos - e aborda discussões mais teóricas a respeito do "despertar" da leitura nas crianças e das possibilidades de envolvimento nos prazeres da leitura.

As publicações do Prazer em Ler levantam discussões, dicas, encaminhamento de práticas e algumas noções básicas sobre mediação de leitura, além de abordar a relação entre o ler e o escrever.

Leia um dos poemas presentes na publicação:

Ler é... 
Desabotoar vontades
Mapear dúvidas
Instigar os olhos adiante do que se vê 
Perguntar respostas adormecidas
Responder perguntas escondidas
Desacomodar certezas
Empurrar limites do saber
Alterar horizontes da utopia pessoal
Soprar o pó dos sonhos
Cruzar fronteiras do conhecimento
Desvelar segredos da aventura humana
Alavancar novos entendimentos
Dar lucidez à pluralidade das emoções
Desviar das pedras no meio do caminho
Dar vozes ao silêncio
Inventar caras para os desejos
Vestir de palavras as idéias dormidas
Desejar-se uma pessoa feliz

Para fazer o download da 1ª publicação, clique aqui. E da 2ª clique aqui

Comment

Os jovens e o projeto de moradia

Comment

Os jovens e o projeto de moradia

grupo-nos-projeto-moradia

O Grupo nÓs, um dos programas do Instituto Fazendo História, existe para acompanhar e facilitar o processo de transição de jovens em acolhimento para vida adulta, autônoma e inserida na comunidade, colaborando para que eles possam enfrentar de maneira positiva os desafios da vida adulta.

Nestes últimos meses, o foco do trabalho tem sido o desenvolvimento do projeto de moradia. Ações, individuais e grupais, foram desenvolvidas para que os jovens tivessem clareza de suas possibilidades de moradia, dos serviços disponíveis e de quem são suas referências afetivas para auxiliar em seus projetos de moradia.  A realização de um projeto de moradia autônomo depende de uma série de conquistas e aquisições durante o acolhimento.

A seguir, listamos uma série de atividades realizadas pelo Grupo para favorecer o desenvolvimento do projeto de moradia dos jovens:

14 de maio: para introduzir o tema moradia, o Grupo nÓs esteve na Casa Fora do Eixo, uma residência de vivências socioculturais. Lá, os adolescentes tiveram a oportunidade de se aproximar das experiências de um coletivo que vive de forma comunitária para fins culturais. Eles participaram de uma roda de conversa sobre a história da casa, os critérios para quem quer ser um novo membro, além de conversas sobre separação de lixo, reciclagem e reaproveitamento de alimentos!
 
11 de junho: o Grupo nÓs foi para a “Vila do Chaves”, uma exposição que ocorreu no Memorial da América Latina. O cenário fazia referência às condições de moradia dos personagens da vila. Os jovens entraram na casa do Sr. Madruga, reconheceram os móveis e acessórios que já haviam visto na série e entraram no barril do Chaves.

morar-republica

25 de junho: foi realizada uma atividade em grupo, expondo trechos de filmes e desenhos que mostram diversos jeitos de morar (casa na árvore, casa futurística, caverna, entre outros). Após os trechos apresentados, cada jovem foi convidado a desenhar seu “sonho de moradia”. A ideia era estimular a imaginação! Para fechar o grupo, Fernando, um jovem de 21 anos que viveu um grande período em serviço de acolhimento, foi convidado a contar suas experiências de moradia. Fernando já morou com amigo e atualmente mora sozinho. Ele deu diversas dicas bacanas de moradia aos jovens do Grupo nÓs!

morar-amigos

30 de julho: uma jovem, que naquela mesma semana havia visitado uma República Jovem, socializou com o grupo sua experiência e todos fizeram perguntas a partir de seu relato. Dessa forma, os jovens puderam conhecer um pouco sobre o funcionamento da República.  Em seguida, eles foram separados em subgrupos: um grupo dos que gostariam de morar sozinho, com familiares, com amigos e outro grupo dos que preferem a República Jovem. Cada grupo construiu um painel gráfico contando as vantagens e desvantagens desse tipo de moradia.
   
9 de Julho: Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (convite para pensar o tema moradia de forma lúdica e interativa). Guiados por uma educadora os adolescentes aprenderam sobre a história desta casa literária, almoçaram juntos na varanda da casa e no final da visita participaram do “Sarau do Vinil”, recitando poemas.

Financiamento coletivo

O Grupo nÓs está em campanha para captar recursos e continuar no auxílio contínuo a jovens que estão em processo de saída dos serviços de acolhimento. Ajude você também e possibilite que mais jovens possam se desenvolver autonomamente e entrar na vida adulta com todo respaldo possível. Doe: https://goo.gl/AelAcf

Comment